(Portuguese) Estamos Todos Com MV Rachel Corrie
ORIGINAL LANGUAGES, 7 Jun 2010
Timothy Bancroft-Hinchey – Pravda
Israel vai cometer outro massacre? Haverá um ato de pirataria no alto mar? Tel Aviv vai torpedear o navio MV Rachel Corrie, um navio irlandês que viaja para Gaza, sob a égide do Direito Internacional das Nações Unidas (Resolução 1860)?
Para que os que governam Israel saibam, as resoluções da ONU são juridicamente vinculativas nos termos do direito internacional e porque Israel, como Estado signatário da ONU, se recusa a cumpri-las e além disso, massacra aqueles que tentam respeitá-las, o quê fazer? O resultado lógico deve ser a expulsão de Israel da Organização das Nações Unidas, porque para ser um membro da comunidade internacional, você tem que agir como tal.
Visto que o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu (não conhecido por ser o mais brilhante em termos intelectuais) parece não compreender os termos da Resolução 1860 da ONU, vamos soletrar aqui alto e de viva voz: aqui está.
Foi aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 2009 e possui 9 (nove) cláusulas.
Cláusula 2 (dois) afirma claramente: “O Conselho de Segurança apela à livre prestação e distribuição em toda Gaza e distribuição de assistência humanitária, incluindo alimentação, combustível e assistência médica”.
Cláusula 4 (quatro) afirma: “O Conselho de Segurança exorta os Estados membros a apoiarem os esforços internacionais para aliviar a situação humanitária e económica na Faixa de Gaza, inclusive através de uma necessidade urgente de contribuições adicionais para UNWRA e através do Ad Hoc Liaison Committee”.
Estamos todos vigiando Israel, todos nós estamos observando o MV Rachel Corrie, um navio construído na Alemanha em 1967 e pertence ao braço irlandês do Free Gaza Movement. O MV Rachel Corrie está levando equipamentos médicos, cadeiras de rodas, material escolar e cimento para Gaza.
Michael Martin, o ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês, disse ao Parlamento do seu país que “Nós vamos prestar muita atenção a esta situação – como, aliás, o resto do mundo – e é imperativo que Israel evite qualquer ação que leva a mais derramamento de sangue”.
A questão é se alguém se surpreenderia se Israel torpedeasse o navio, e depois alegasse “Eles não deveriam ter estado lá” (desculpa dada depois de metralhar um cortejo fúnebre no Líbano)? Será que ninguém se surpreenderia se Israel disparasse contra a proa do navio em águas internacionais (Acto de Guerra)? Será que ninguém se surpreenderia se comandos israelenses embarcassem no navio em águas internacionais (ato de pirataria)?
Vamos fazer o dever colectivo da comunidade internacional para continuar as missões de ajuda humanitária – pacificamente – em Gaza ou em qualquer outro lugar do mundo onde o Conselho de Segurança das Nações Unidas nos dá o direito de entregá-la, ao abrigo do direito internacional e enquanto Israel continua a desprezar isso, vamos boicotar produtos israelenses (número do código de barras, os três primeiros números da esquerda 729) e pedir a retirada de Israel da comunidade internacional.
A reivindicação de Israel de que suas ações eram justificadas, a bordo do Freedom Flotilha porque as suas tropas foram atacadas primeiro, são tão risíveis como estúpidas: se o seu navio é abordado por piratas, você luta.
Assim como aviões israelenses e torpedos afundaram o navio de investigação USS Liberty, em 1967, matando 34 soldados americanos e ferindo outras 171, parece que a história se repete.
A comunidade internacional entende a história de Israel e a história do seu povo, compreende as suas preocupações e medos em relação ao terrorismo. O que não compreende ou aceita é a violação flagrante do direito internacional, massacres, seqüestros, furtos, roubos de terras além das fronteiras de 1948… e seus actos de crueldade.
Israel tem que entender que para ser um membro respeitado da comunidade internacional, você tem que se comportar como tal, e não como um estado terrorista e um pária.
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