(Portuguese) Metadona: Uma Ilusão Cara

ORIGINAL LANGUAGES, 27 Feb 2012

Sofia Filipe – Reader's Digest

Marco Magalhães*, de Portimão [Portugal], chefe de mesa em barcos de cruzeiro, hoje com 42 anos, injectou heroína pela primeira vez aos 19. Após duas décadas a consumir as chamadas drogas duras, já precisava de cerca de 40 contos por dia para alimentar o seu vício, o que o levava a roubar e passar droga. Foi preso três vezes. Querendo sair da vida que levava, e depois de ter experimentado vários tipos de tratamentos, dirigiu-se a um Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT)** em busca de auxílio. Lá, foi-lhe dada metadona, medicamento que deveria tomar uma vez por dia para eliminar os sintomas da falta de heroína. «Deixará de injectar heroína e passará a levar uma vida normal», disse-lhe o médico. «Assim poderá ser reintegrado na sociedade.»

Porém, incapaz de esquecer a sensação de euforia que a heroína lhe provocava, Marco recomeçou a injectar-se diariamente e a «cheirar» cocaína. Assim, tomava metadona juntamente com outras substâncias opiáceas. Casos como os de Marco não são raros. Todos os dias, aproximadamente 5000 toxicodependentes recebem doses gratuitas de metadona — um medicamento opiáceo legalizado — nos CAT, centros de saúde, hospitais, estabelecimentos prisionais e em 71 farmácias de todo o país. «Como as tomas de metadona são diárias, temos procurado que o produto esteja disponível o mais próximo possível dos consumidores», explica João Goulão, presidente do conselho de administração do Serviço de Prevenção e Tratamento de Toxicodependência (SPTT), o organismo responsável pelo programa de metadona.

O CAT da Boavista é o único a aplicar os três programas de metadona existentes: o programa de Alto Limiar, o de Manutenção e o de Baixo Limiar. Este último destina-se aos toxicodependentes física e psicologicamente incapacitados e sem retaguarda familiar, sendo um programa inicialmente de baixo limiar na exigência em relação aos consumos. «A metadona, para alguns casos, é um pretexto para que o doente procure e se mantenha ligado a uma instituição de saúde», explica Elsa Viegas, médica psiquiatra e directora do CAT da Boavista, no Porto. «Estabelecendo uma relação de confiança, podemos ‘estar lá’ atempadamente, diminuindo os danos aos próprios, aos seus filhos — durante a gravidez, por exemplo — e à sociedade de uma forma geral.» No programa de Manutenção, procura-se que o toxicodependente estabilize do ponto de vista emocional, físico e social, trabalhando a motivação para o tratamento, a responsabilização e a autonomia, com o objectivo de passar para um programa de alto limiar de exigência. O programa de Alto Limiar tem como objectivo a desabituação da metadona e a alta do programa.

Convencido de que, ao substituir a heroína pela metadona administrada oralmente, os toxicodependentes conseguem parar de consumir drogas ilegais e levar vidas normais, sem infracções à lei, o Estado aumentou o número de pacientes submetidos ao «programa de metadona», desde que esta substância começou a ser administrada legalmente, em 1977. Segundo João Goulão, em 1995, havia 1100 toxicodependentes a tomar metadona. Em finais de 1998, este número aumentou para 4000 e, actualmente, são cerca de 5000.

O SPTT prevê que o consumo de metadona aumente substancialmente este ano em relação ao anterior, que foi de 90 kg, tendo em conta a expansão que os programas têm tido desde que foram implantados em todo o país. Em 1999, esta política custou aos contribuintes portugueses 70 000 contos, isto é, uma despesa média de 14 contos por doente.

Uma das principais justificações para o alargamento deste programa é a de que a metadona é considerada mais eficaz no controle dos custos pessoais, familiares e sociais. No entanto, segundo João Goulão, é quase impossível saber os custos de uma reabilitação com metadona. «Se, na maioria dos casos, é possível promover uma desabituação física através do ambulatório e no seio da família, outras situações há em que é necessário internamento, por exemplo, nas Comunidades Terapêuticas», afirma.

Também Elsa Viegas afirma que o tratamento com metadona não se limita à prescrição e administração deste fármaco. «Exige um trabalho multidisciplinar, com psicoterapia, socioterapia e articulação permanente com os centros de saúde, os serviços de infecciosas, a segurança social, o instituto de emprego, as juntas de freguesia e as comissões de moradores, para garantir a melhoria da qualidade de vida do doente», diz.

Por outro lado, alguns estudos têm vindo a mostrar que a substituição de uma substância opiácea por outra não ajuda necessariamente os toxicodependentes a deixar de consumir drogas duras. No Centro de Acolhimento do Casal Ventoso, em Lisboa, análises toxicológicas efectuadas, em final de Novembro de 1999, a 186 pacientes submetidos ao programa de metadona de Baixo Limiar, revelaram que 41% continuavam a consumir heroína e cocaína, 11% apenas cocaína e 4% só heroína. Também as análises toxicológicas efectuadas no CAT das Taipas, em Lisboa, no final do ano passado, a 274 pacientes que seguiam o mesmo programa, revelaram que 12,04% continuavam a consumir heroína, pelo menos ocasionalmente, e 6,2%, cocaína.

À semelhança da heroína, a metadona é um medicamento opiáceo que funciona através da activação dos receptores de narcóticos do cérebro, despertando um conjunto de efeitos físicos que incluem a redução das dimensões das pupilas, respiração pouco profunda, alívio das dores e sensação de bem-estar.

Mas quando o efeito da droga passa, as pessoas dependentes sofrem de sintomas de privação menos intensos mas mais prolongados do que com a heroína, tais como febre, arrepios de frio, espirros, dores abdominais e musculares dos membros, ansiedade intensa, vómitos e dores de cabeça. «Como com qualquer outro opiáceo ou seu derivado, quando o efeito da metadona passa, surge uma síndroma de privação», refere José Manuel Jacob Romão, enfermeiro no CAT de Beja. Que o diga Luísa Francisco*, de 35 anos, de Vila Nova de Gaia. Em Março de 1993, tentou deixar de consumir metadona, recorrendo a um centro de recuperação. «A ‘ressaca’ da metadona é muito pior do que a das outras drogas, pois é mais prolongada e muito intensa», afirma Luísa, que consumiu metadona durante mais de 10 anos.

A diferença em relação às outras drogas é que a metadona evita os sintomas de privação durante mais tempo. Enquanto a sensação provocada pela heroína pode durar entre 2 a 8 horas, a dose de metadona adaptada retira o sofrimento por um período de 24 horas, e não provoca euforia como a heroína. «Os toxicodependentes deixam de ter ansiedade de consumir heroína ou de cometer actos ilícitos para financiar o seu vício, o que contribui para a diminuição da criminalidade», explica Rodrigo Coutinho, médico psiquiatra e coordenador do Gabinete de Apoio ao Toxicodependente (GAT) do Casal Ventoso, em representação da Associação de Recuperação de Toxicodependentes, Ares do Pinhal, na Aldeia de Eiras, junto a Mação. «Como possibilita a manutenção de um estado de consciência permanente, conseguem manter os seus empregos e sustentar as suas famílias, ou seja, viver em sociedade como qualquer outra pessoa que não seja dependente de drogas.»

Administrada por via oral, a metadona também dissuade os dependentes de heroína de consumir esta droga, reduzindo assim o número de injecções e o risco de virem a ser contaminados pelo vírus HIV ou pelos da hepatite B e C (que atacam o fígado e são potencialmente fatais), transmissíveis pelo sangue das seringas partilhadas. Além disso, enquanto os dependentes em heroína se arriscam a morrer de overdose por consumirem droga de má qualidade vendida nas ruas, cuja pureza e potência são desconhecidas, a metadona é um narcótico puro, receitado pelos médicos em quantidades específicas para cada caso. «Apenas o médico pode receitar este opiáceo», refere Luís Duarte Patrício, médico psiquiatra e director do CAT das Taipas. «Tomada de acordo com a prescrição médica, a metadona é tão segura como qualquer outro medicamento.»

No entanto, uma overdose de metadona pode ser fatal, tal como acontece com a heroína, embora no nosso país não haja conhecimento da ocorrência de nenhum caso. «Substâncias como os tranquilizantes, o álcool, os psicotrópicos e os depressivos podem potenciar o efeito da metadona», comenta José Jacob Romão. «E, em certos casos, dependendo da dose, a mistura de metadona com heroína, pode resultar em overdose.»

Enquanto alguns teóricos insistem que não existem provas de que a metadona seja mais viciante que a heroína, embora possa produzir uma síndroma de abstinência com sintomas mais intensos, os consumidores desta substância afirmam o contrário. Ana Margarida Lopes*, da Amadora, começou a consumir heroína aos 16 anos. Hoje, com 37, está inserida num programa de manutenção de metadona há mais de um ano, mas a possibilidade de vir a parar de tomá-la ainda é remota. Ana Margarida tem conseguido organizar a sua vida. Parou de injectar-se com heroína e, em Setembro último, recomeçou os estudos no liceu. As relações com o companheiro, a família e os amigos melhoraram substancialmente, mas continua dependente de uma substância e, por isso, o seu futuro é uma incógnita: poderá sair do programa de metadona brevemente, daqui a uns anos — ou nunca.

«Os benefícios atribuídos à metadona são de certo modo exagerados, uma vez que não é um caminho para uma recuperação, mas uma alternativa», refere Marcelo Cunha, psicoterapeuta na área da toxicodependência e do alcoolismo, e director do CRETA — Centro de Recuperação para Toxicodependentes e Alcoólicos, na Parede. Porque será então que a metadona é tão amplamente receitada? Porque o Estado optou por um plano que, segundo o relatório anual do GAT do Casal Ventoso, de 1999, «privilegia mais a intervenção nas consequências do consumo de substâncias do que a paragem dos seus consumos». É a chamada política da redução de riscos e minimização de danos.

Assim, o governo aceita que o consumo de droga é uma realidade, e que o dinheiro destinado a parar a disseminação das drogas é melhor empregue na melhoria das condições de vida e saúde dos toxicodependentes. «Como existem casos em que há uma impossibilidade por parte do toxicodependente em abandonar o consumo, opta-se por um programa de substituição opiácea, em que o toxicodependente vai tomando a metadona até decidir, conjuntamente com o médico que o acompanha, que está preparado para largá-la», diz o psiquiatra e psicoterapeuta Fernando Mendes Coelho, director do CAT da Amadora.

A metadona começou a ser utilizada em Portugal em 1977, no Centro de Estudo e Prolifaxia da Droga, delegação do Norte, o que é hoje o CAT da Boavista, no Porto. Até por volta de 1990, apenas estava disponível nesse centro. «Foi, então, que começámos com outras experiências em outras zonas do país, nomeadamente no Algarve, para dar resposta a indivíduos de outras nacionalidades, que estavam a fazer programas de metadona nos seus países», diz João Goulão, na altura responsável pelo CAT do Algarve, em Olhão. «A partir daí, a utilização do produto foi-se alastrando progressivamente para os outros CAT do país. Desde o princípio, que os programas que envolvem a metadona são custeados pelo Estado.»

Para conhecer de perto o programa da metadona, visitei o GAT do Casal Ventoso, onde funciona apenas o programa de Baixo Limiar. Esta unidade conta com 13 empregados a tempo inteiro e trata de cerca de 200 pacientes. Aqui, os toxicodependentes respeitam as condições de tratamento pela metadona, com análises toxicológicas à urina, para se fazer o ponto da situação do tratamento. «O nosso objectivo prioritário é manter os utentes ligados a este serviço, para que possam depois ser encaminhados para um Centro de Acolhimento ou para um CAT, onde o nível de exigências é maior», refere Rodrigo Coutinho, o seu coordenador. «Aí, por exemplo, têm de ir às entrevistas com o apoio psico-social para definirem um projecto de vida.»

Mas, neste nível, a metadona não faz que os toxicodependentes deixem de consumir outras drogas, nem que sejam expulsos do programa por causa disso. Carlos Borges*, um toxicodependente de 30 anos, calças de ganga e blusão amarelo, estava sentado numa marquesa. Era o seu primeiro dia de tratamento. Já tinha vindo a este GAT quando engoliu uma agulha enquanto preparava uma dose de heroína. Uma enfermeira falou-lhe então da metadona e ele aceitou aderir ao programa. Filipa Alcobia, a enfermeira de serviço, verteu para um copo de plástico 40 mg de metadona, juntou-lhe água e entregou-o ao Carlos. Este bebeu lentamente o conteúdo, e foi-se embora.

Mais tarde, a enfermeira disse-me que Carlos estivera, nesse próprio dia, a injectar-se com heroína, certamente algumas horas antes de lá ir. Então, porque dão metadona aos utentes que consomem outras drogas? «Para evitar que consumam ainda mais heroína», explicou Filipa Alcobia. Um problema ao qual é preciso estar atento é o possível aparecimento de um mercado negro de metadona, que entre outras formas pode ser alimentado pelo desvio dos takeaways, um conjunto de várias doses que determinados toxicodependentes podem levar consigo dos CAT. A decisão de atribuir takeaways aos consumidores depende de há quanto tempo seguem o programa e deixaram completamente de consumir drogas. «As doses que determinados doentes levam para casa dão somente para uma semana e são sempre entregues a um familiar ou responsável pelo doente», explica João Goulão. De referir que, vendido na rua, o preço de um frasco de 30 ml de metadona pode custar cerca de 10 contos.

O facto de se poder levar doses de metadona para casa pode ter consequências graves: no ano passado, uma criança de 3 anos tomou inadvertidamente metadona e teve de ser assistida nas urgências do hospital de Dona Estefânia. O frasco pertencia a um familiar que estava num programa de substituição, e a criança, não sabendo que líquido era aquele, ingeriu-o. O SPTT, ao tomar conhecimento deste caso, passou a distribuir os takeaways em frascos com fecho de segurança.

Na opinião de António Vieira da Rocha, director do Crato — Centro de Recuperação do Alcoolismo e da Toxicodependência, no Porto, «os tratamentos contra hábitos de consumo de opiáceos, em que se recorre a outros estupefacientes do mesmo tipo, não funcionam, embora possa haver excepções». Porém, o Estado não desiste deste tipo de tratamentos, pelo que existem outros estupefacientes viciantes para combater a dependência da heroína, como o LAAM e outros. «Estes medicamentos são tão ou mais viciantes que a própria heroína», acrescenta Vieira da Rocha. «A única diferença é que o LAAM tem um efeito ainda mais prolongado que o da metadona.»

Vários especialistas defendem a teoria de que a única opção que dá aos toxicodependentes uma esperança de virem a ter uma vida normal é deixarem de consumir qualquer tipo de droga. E a melhor maneira de o conseguirem, segundo especialistas como António Correia, director terapêutico da RAN — Recuperação de Alcoólicos e Narcóticos, de Vila Real, «é a reabilitação a longo prazo, durante a qual os pacientes recebem aconselhamento sobre os problemas que os levaram a refugiar-se na droga».

De acordo com o psicoterapeuta Marcelo Cunha, «a maioria dos toxicodependentes sofre de falta de auto-estima e dar-lhes metadona só por si é um procedimento que em nada atacará a origem dessa mesma falta de auto-estima». No Centro de Recuperação Creta, os pacientes seguem o modelo Minesota. Vivem conjuntamente com outros toxicodependentes por um período de 12 semanas. Depois, têm um acompanhamento psicológico durante 9 meses. «Assim que aprendem a lidar com os seus sentimentos, muitos deles deixam de sentir necessidade de voltar a consumir drogas», afirma Marcelo Cunha. Embora o método aplicado no Creta nem sempre tenha sucesso — anualmente, cerca de 70% deixam definitivamente a droga e 30% acabam por voltar a consumir estupefacientes. Marcelo Cunha faz uma distinção entre as duas formas de tratamento. «A metadona trata das consequências do consumo, nós tratamos das causas do consumo», refere. «Com o nosso método, mais de dois terços ficam limpos.»

Segundo Elsa Viegas, no CAT da Boavista, em 1998, dos 593 doentes em tratamento de substituição com metadona, 430 transitaram para o ano de 1999. Dos 160 toxicodependentes que nesse ano saíram do programa de metadona, 45% tiveram alta, 20% faleceram (por sida, hepatites e outras doenças), 17,5% foram transferidos para os CAT da área de residência e 13% abandonaram o programa. O ideal seria que houvesse tratamentos em que não fossem usadas outras substâncias susceptíveis de vir a criar dependência, como os programas de metadona, que custam milhões de escudos aos contribuintes portugueses. Eis o que poderia ser feito:

• Aumentar o financiamento ou as convenções aos programas de reabilitação com base na abstinência, de forma a que estes se tornem a primeira opção de tratamento dos toxicodependentes, e não uma opção remota por falta de meios financeiros ou, ainda, por falta de vaga em determinado centro de recuperação. Na opinião de Fernando Mendes Coelho, «ainda há falta de Centros de Desabituação comparticipados pelo Estado, e também do próprio Estado».

• A prazo, reinstaurar a abstinência como objectivo para os actuais consumidores de metadona. Fazer cumprir de uma forma rígida a proibição do consumo de outras drogas ilegais durante o tratamento com metadona e controlar os takeaways para evitar tragédias e erradicar o mercado negro.

• Além de ensinar as pessoas como consumir drogas com segurança, devia-se educá-las sobre os seus perigos e incentivá-las a absterem-se de tomá-las. Marco Magalhães resolveu experimentar o tratamento de um centro de recuperação, baseado no modelo Minesota, em que a recuperação assenta, essencialmente, na abstinência total de qualquer tipo de substância química. Até porque a sua experiência com a metadona não tinha sido das melhores. «Estive completamente dependente da metadona entre Julho de 1996 e Julho de 1999», refere. «O único benefício que consigo ver na metadona é que me tirava as dores e o mau-estar da ressaca da heroína. No entanto, a ressaca da metadona foi pior do que todas as que tive com a heroína. Fiquei cerca de um mês sem dormir.» Hoje, Marco sabe que não é demasiado tarde para começar uma vida nova, e encontra-se confiante quanto ao seu futuro sem metadona. «Acabei o tratamento no dia 7 de Dezembro de 1999 e vou continuar a frequentar as reuniões dos Narcóticos Anónimos. Finalmente, quem controla a minha vida sou eu».

NOTAS:

* Os nomes foram alterados para protecção da privacidade.

** Os Centros de Atendimento a Toxicodependenetes (CAT) são unidades de tratamento em ambulatório, que pertencem ao Serviço de Prevenção e Tratamento de Toxicodependência (SPTT), do Ministério da Saúde. O seu acesso é gratuito. A rede nacional dos CAT — 49 ao todo — é complementada por Centros de Dia (CD), Centros de Informação e Acolhimento (CIAC), Unidades de Desabituação (UD) e Comunidades Terapêuticas (CT), que são unidades de tratamento, em regime de internamento prolongado. O acesso às 2 CT públicas é gratuito. Nas CT privadas, o preço máximo praticado, para os 1050 lugares objecto de convenção, é de 165 contos por mês e por utente, cabendo ao Estado o financiamento de 132 contos mensais, e sendo os restantes 33 contos da responsabilidade das famílias ou apoiado pela Segurança Social, nos casos em que a incapacidade financeira é comprovada.

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