(Português) FMI Assume Ter Subestimado os “Estragos” Causados pela Austeridade na Grécia
EUROPE, CAPITALISM, ECONOMICS, DEVELOPMENT, ORIGINAL LANGUAGES, 10 Jun 2013
Esquerda – TRANSCEND Media Service
Políticas austeritárias acabaram por conduzir a Grécia a uma recessão sem fim à vista, reconhece o Fundo Monetário Internacional num documento citado pelo The Wall Street Journal. O organismo liderado por Christine Lagarde admite ainda que a dívida grega não era sustentável.
Num documento interno marcado como “extremamente confidencial”, citado pelo jornal nova iorquino, o Fundo refere que subestimou os “estragos” que as medidas de austeridade iriam causar na economia grega, mergulhada numa recessão nos últimos seis anos.
O FMI afirma também que desrespeitou as suas próprias regras para que a dívida crescente da Grécia parecesse sustentável e que, em retrospectiva, o país falhou em três dos quatro critérios estipulados para poder ser qualificado para a intervenção externa.
Ainda que, nos últimos três anos, vários representantes do FMI, entre os quais a sua directora geral, Christine Lagarde, tenham repetidamente afirmado que o nível de dívida do país era “sustentável”, o documento refere que a incerteza em torno da Grécia “era tão significativa que os técnicos não estavam capazes de dar garantias de que a dívida teria grande probabilidade de ser sustentável”.
O relatório, que, segundo o The Wall Street Journal, deverá ser parcialmente divulgado até ao fim desta semana, assume também que o Fundo foi demasiado optimista no que respeita às perspectivas do governo grego sobre o regresso ao mercado financeiro e à sua capacidade política para implementar as condições previstas no memorando, assim como sugere que o maior beneficiário da intervenção de 2010 não foi propriamente a Grécia mas sim a Zona Euro.
A intervenção na Grécia é descrita, na realidade, como uma “operação de contenção” que “deu à zona euro tempo pra construir uma firewall para proteger outros membros vulneráveis e evitar potenciais efeitos severos na economia global”.
O FMI critica o atraso na reestruturação da dívida grega, que só veio a ter lugar em maio de 2012, sublinhando, contudo, que era “politicamente difícil” realizar essa operação com maior antecedência, devido à resistência de alguns países da zona euro cujos bancos detinham uma grande quantidade de dívida do governo grego.
O Fundo assume que a sua análise sobre o futuro desenvolvimento da dívida estava errado “por uma larga margem” e frisa que apenas após 18 meses após o início da intervenção foram revistas as metas e as projecções macroeconómicas estipuladas, que estavam completamente desfasadas da realidade grega.
Sobre a Comissão Europeia, a organização adianta que a mesma “tem tido sucesso limitado na implementação [das condições associadas aos empréstimos]” mas “não tem experiencia na gestão de crises”, e que a CE está mais preocupada com o “cumprimento das regras da União Europeia do que com o impacto no crescimento económico” e “não foi capaz de contribuir muito para identificar reformas estruturais potenciadores de crescimento”.
DISCLAIMER: The statements, views and opinions expressed in pieces republished here are solely those of the authors and do not necessarily represent those of TMS. In accordance with title 17 U.S.C. section 107, this material is distributed without profit to those who have expressed a prior interest in receiving the included information for research and educational purposes. TMS has no affiliation whatsoever with the originator of this article nor is TMS endorsed or sponsored by the originator. “GO TO ORIGINAL” links are provided as a convenience to our readers and allow for verification of authenticity. However, as originating pages are often updated by their originating host sites, the versions posted may not match the versions our readers view when clicking the “GO TO ORIGINAL” links. This site contains copyrighted material the use of which has not always been specifically authorized by the copyright owner. We are making such material available in our efforts to advance understanding of environmental, political, human rights, economic, democracy, scientific, and social justice issues, etc. We believe this constitutes a ‘fair use’ of any such copyrighted material as provided for in section 107 of the US Copyright Law. In accordance with Title 17 U.S.C. Section 107, the material on this site is distributed without profit to those who have expressed a prior interest in receiving the included information for research and educational purposes. For more information go to: http://www.law.cornell.edu/uscode/17/107.shtml. If you wish to use copyrighted material from this site for purposes of your own that go beyond ‘fair use’, you must obtain permission from the copyright owner.
Read more
Click here to go to the current weekly digest or pick another article:
EUROPE:
- Zionists in Amsterdam
- The Amsterdam 'Pogrom' That Wasn't: Corporate Media Fails to Tell the Whole Story
- Macron Calls for Arms Embargo against Israel
CAPITALISM:
- Companies Profiting from the Gaza Genocide
- The Undemocratic Reality of Capitalism
- The Landmark Ruling against Chiquita Exposes the Failure of Voluntary “Corporate Social Responsibility”
ECONOMICS:
- China's Economic Success in Face of Growing U.S., EU Protectionism
- The IMF and World Bank Talk “Good Governance” but Walk with Corrupt Governments
- How People Are Fighting the World’s Reliance on the War Economy
DEVELOPMENT:
- Why Climate Change Is an Irrelevance, Economic Growth Is a Myth and Sustainability Is Forty Years Too Late
- Is Growth Passé?
- The Threat 5G Poses to Human Health
ORIGINAL LANGUAGES: