(Português) Ou o homem é mais velho do que pensávamos ou a Terra esconde mistérios

ORIGINAL LANGUAGES, 25 May 2015

Manuela Goucha Soares – Expresso

Uma equipa de 22 arqueólogos encontrou cerca de 150 ferramentas de pedra mais velhas do que a espécie humana. Quem as fez?

Um dos artefactos de pedra agora encontrados Reuters

Um dos artefactos de pedra agora encontrados
Reuters

20 maio 2015 – Até aqui toda a investigação disponível indicava que o antepassado comum mais próximo de toda a espécie humana como atualmente a conhecemos, teria surgido há 2,5 milhões em África. Este longínquo ascendente distinguia-se de todos as precedentes espécies pela maior dimensão do crânio.

Num artigo publicado na revista “Nature”, uma conceituada publicação científica, um grupo de 22 arqueólgos relata os achados feitos no campo arqueológico de  Lomekwi, no Quénia, questionando assim toda a datação tida como certa sobre a história da evolução humana.

Os arqueólogos encontraram 150 artefactos de pedra fabricados há 3,3 milhões de anos. Ou seja, aqueles objetos surgiram 700 mil anos antes da altura que em julgávamos ter começado a evolução que haveria de dar origem ao ‘homo sapiens’, que apareceu há 200 mil anos. Acresce que as ditas ferramentas foram encontradas num local onde não estavam fósseis, o que dificulta ainda mais a identificação do tipo de antepassado do homem que as terá fabricado.

Sabe-se apenas que por aquela região andaria o ‘Kenyanthropus’, uma estranha mistura do ‘Australopithecus’ com o género que viria a ser o ‘pai’ do homem moderno.

A história que os 150 artefactos achados neste campo arqueológico do Quénia contam pode mudar para sempre a data de ‘nascimento’ que estava inscrita no bilhete de identidade da humanidade. O artigo publicado na ‘Nature’ abriu o debate sobre a época em que realmente surgiu o primeiro ‘homo’ com caraterísticas mais próximas das que hoje temos. Mesmo que não abra a porta ao sonho dos que gostariam de acreditar que temos um ancestral antepassado vindo de outra galáxia, a ‘Nature’ abre outra perspetiva.

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Manuela Goucha Soares chegou ao Expresso em finais de 1988 e ao jornalismo dois anos antes. Veio porque gosta de escrever, de escutar pessoas e de confrontar pontos de vista em busca da verdade e de uma sociedade mais igual. Detesta falsidades escorregadias, preferindo gente lutadora (mesmo que com mau feitio) a simpáticos songas-mongas . Em 2009 publicou a biografia Marcello Caetano – O Homem que perdeu a Fé e em 2006 a Fotobiografia de Ramalho Eanes; nesse mesmo ano foi coautora do livro Primeiras-Damas, publicado pelo Museu da Presidência. Licenciou-se em Comunicação e pós-graduou-se em Estudos Portugueses. Foi uma das fundadoras do ‘Superglamorosas’, um blogue sobre cancro de mama já desativado, e gere uma página no Facebook de apoio a esta guerra tramada.

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