(Português) Ecce Bestia: tratado de zoofilia e de outras transações descaradas entre humanos e bichos
ORIGINAL LANGUAGES, 12 Oct 2015
Ezio Flavio Bazzo - ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais
6 out 2015 – Quando em 2001 publiquei o livro Ecce bestia (tratado de zoofilia e de outras transações descaradas entre humanos e bichos) recebi cartas e mensagens extremamente agressivas de pessoas que não acreditavam que tais práticas teriam existido no passado e muito menos no presente. Como nunca tive intenção de provar nada a ninguém, acho que nem respondi àquelas indelicadas missivas. Hoje, a manchete abaixo, estampada numa revista de circulação nacional deve estar causando mais espanto e indignação àqueles mal educados e ingênuos leitores.
O texto que mais mencionavam como descabido e que os havia ofendido era o que eu havia escrito na quarta capa do referido “tratado”, que é assim: [Tenho certeza que este assunto não lhe é estranho, leitor! Mas não fique na defensiva, pois ele não diz respeito apenas a você, ao Brasil, à Patagônia, à Bolívia, ao Afeganistão e a outras regiões supostamente atrasadas do mundo. Textos tanto antigos como modernos mencionam a prática e o vício da zoofilia e do bestialismo por todos os lados do planeta, inclusive em lugares chiques, impensáveis e fora de suspeitas. Escribas religiosos relatam histórias de sacerdotes sabichões que treinavam diversas espécies no interior de templos para transar em público com mulheres, para sodomizar homens e para serem por eles sodomizados. Sim, por mais bizarro e miserável que pareça, o costume de relacionar-se sexualmente com animais existe desde sempre e tanto abaixo como acima do Equador. Dizem que as cabras são preferidas na Andaluzia, na Sicília, na África e no nordeste brasileiro. Que o pessoal da Europa Central prefere os jumentos enquanto que o do norte dá prioridade às renas. Já, no sul do Brasil, as éguas e as vacas são frequentemente objetos sexuais de muita gente, apesar das porcas e das ovelhas não ficarem para trás. Os cães, as galinhas e os macacos, curiosamente, fazem sucesso em qualquer lugar do planeta. A literatura está impregnada de histórias desse gênero. Em: O teatro dos vícios – por exemplo – Emanuel Araujo menciona algumas confissões de bestialismo, uma durante a primeira visita do Santo Ofício ao Brasil e outras por volta de 1791. Na primeira, um tal de Heitor Gonçalves teve de explicar-se aos inquisidores por haver dormido carnalmente com ovelhas, burras, vacas e éguas. Nas outras, um escravo foi surpreendido tendo intimidades com uma jumenta e outro, amancebado com uma porca…]
“A Dinamarca aprovou uma lei nesta terça-feira que veda toda forma de bestialismo. A medida foi tomada após ativistas protestarem contra brechas na legislação que estariam incentivando certo turismo sexual com animais. Até agora, o código penal dinamarquês só previa punições para atos sexuais que ferissem os animais.
A mudança na lei foi encampada há alguns meses pelo ministro da Agricultura e Alimentação, Dan Jorgensen, seguindo o exemplo de outros países do norte da Europa, como Alemanha, Suécia e Noruega, que também proibiram a prática recentemente. “Decidimos proibir o bestialismo por vários motivos. O principal é que, na maioria dos casos, trata-se de uma agressão ao animal. E, em qualquer caso de dúvida, os animais devem ser protegidos”, declarou o ministro.
Os políticos que votaram a favor do projeto de lei disseram que a Dinamarca não queria ser o último país do norte da Europa onde o bestialismo fosse permitido. “Há relatos frequentes de shows de sexo com animais organizados em clubes e bordéis na Dinamarca”, afirmou o Conselho de Ética para Animais, em um relatório. Brasil – O Brasil não tem uma legislação específica contra o bestialismo. Atos dessa natureza podem ser enquadrados como maus tratos aos animais, cuja pena varia de três meses a um ano de prisão, mais multa. Um projeto de lei de autoria do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que estipula a criminalização da prática, está parado na Câmara”.
(Ver revista VEJA, – da redação)
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