(Português) Hipopótamo mais velho do mundo morre depois de ter vivido aprisionado por toda a vida
ORIGINAL LANGUAGES, 17 Jul 2017
ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais – TRANSCEND Media Service
Bertha, considerado o hipopótamo mais velho do mundo, morreu aos 65 anos depois de ser explorada por toda a vida pelo Manila Zoo.
12 julho 2017 – A fêmea de 2,5 toneladas foi encontrada morta em seu recinto e um exame concluindo que Bertha, a residente mais antiga do zoológico, morreu devido à falência de múltiplos órgãos, disse o diretor do local, James Dichaves.
Com apenas sete anos, o hipopótamo chegou ao zoológico, localizado na capital das Filipinas em 1959, ano em que o estabelecimento foi aberto. O zoo alega ter perdido os registros de sua origem, afirmou Dichaves.
Bertha tinha uma alimentação à base de frutas, pães e grama e era confinada em um recinto de mil metros quadrados quando deveria viver ao lado de sua família na natureza.
Funcionários do zoo acreditavam que Bertha era o hipopótamo vivo mais velho em cativeiro no momento do seu falecimento.
Donna, que morreu em 2012 aos 62 anos no US Mesker Park Zoo and Botanic Garden em Evansville, Indiana (EUA), anteriormente era o hipopótamo mais velho do mundo, de acordo com reportagens divulgadas na época.
Há dois anos, um hipopótamo adulto macho chamado Bertie teve a morte induzida no Denver Zoo no Colorado aos 58 anos, segundo registros.
A morte de Bertha causou comoção nas mídias sociais.
“É um dia triste. Bertha, o hipopótamo mais velho do mundo, morreu”, escreveu o usuário do Twitter, Eric M. Davis, com um emoji chorando. “Durma em paz”, escreveu Jen Tolibas, também no Twitter.
O hipopótamo comum da África subsaariana enfrenta um “alto risco de extinção na natureza” devido à perda de habitat e à caça pela carne e marfim dos dentes dos animais, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, sediada na Suíça.
Segundo o Daily Mail, a PETA destacou a crueldade do Manila Zoo por ter submetido Bertha e outros animais selvagens ao cativeiro.
“A vida de Bertha no Manila Zoo era repleta de tédio, miséria e privação. É uma tragédia que ela só tenha conhecido a liberdade por meio da morte. Esta crueldade só acabará quando os animais não forem mais exibidos como “exposições” vivas”, declarou Jason Baker, membro da PETA, em um comunicado.
A morte de Bertha fez com que Mali, uma elefanta asiática de 43 anos, se tornasse o animal mais velho entre os cerca de 500 explorados no zoo.
Há sete anos, a PETA e celebridades realizam campanhas para que Mali seja transferida para um santuário tailandês. No entanto, o departamento de meio ambiente do país autorizou a permanência da elefanta no zoo depois que os especialistas determinaram que “ela estava saudável”.
As autoridades também argumentaram desconhecer como o Mali reagiria aos outros elefantes no santuário tailandês.
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