(Português) Pôneis são massacrados pela indústria da carne

ORIGINAL LANGUAGES, 25 Sep 2017

ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais – TRANSCEND Media Service

Durante milênios, eles percorreram Dartmoor, na Inglaterra. Os pôneis da região, com suas crinas distintas, rabos e pelugens espessos, sobreviveram e prosperaram no National Park, mas agora enfrentam uma ameaça sem precedentes para sua sobrevivência  e algumas pessoas defendem que é preciso usar uma solução radical e imaginável para “salvá-los” .

Foto: Getty

24 set 2017 – De acordo com o site Visit Dartmoor, em 1950, havia mais de 30 mil pôneis na região. Agora, há apenas mil, sendo que apenas uma pequena parte é composta de pôneis de raça. Dos 750 potros nascidos anualmente, 300 vivem em residências e 50 retornaram para grupos selvagens.

Os 400 potros restantes são baleados e vendidos para zoos como alimentos de leões. Anteriormente, os animais eram explorados para transportar granito, pastorear e até mesmo para ajudar na entrega da correspondência. Agora, eles são percebidos de uma forma ainda pior e considerados inúteis.

A razão é tão simples como é brutal: ganhos financeiros. A demanda para montar em pôneis diminuiu muito e os subsídios para que os fazendeiros mantenham os pôneis são muito menores do que aqueles para manter bois, vacas e ovelhas. Nos mercados de bois e vacas, muitos potros não são comercializados, mesmo com um valor mínimo de £ 10. Por isso, o investimento neles não é considerado atraente.

Diante disso, os matadouros surgiram como uma solução para os exploradores. Porém, um plano terrível tem conquistado apoio e seus defensores alegam que essa é a única maneira de salvar os animais. Na realidade, essa é uma forma de aumentar os lucros dos fazendeiros enquanto os pôneis não são mortos.

Charlotte Faulkner dirige a Dartmoor Hill Pony Association. Ela fundou a Dartmoor Conservation Meat (DCM), uma empresa criada sob o falso pretexto de salvar os pôneis, assassinando-os por suas carnes, segundo informações do Express.

Nos mercados e restaurantes de fazendeiros de Devon, existem salsichas, hambúrgueres e bifes de carne de pônei que tem se tornado cada vez mais populares.

Foto: Getty

Charlote argumenta que, como número de pôneis baleados ainda filhotes era alto, “algo tinha que ser feito” e para a sobrevivência deles é preciso comercializar suas carnes.

A lógica dela é simples. Ao colocar preços nos animais, os fazendeiros recebem um incentivo para mantê-los até os três anos de idade (quando eles podem ser mortos por suas carne ou adestrados para o turismo), o que significa que poucos pôneis são mortos ao nascer. Eles são transformados em salsichas, mas, segundo esse raciocínio doentio, pelo menos eles tiveram três anos de vida.

Os pôneis consumidos não são pôneis de raça de Dartmoor, mas aqueles que vivem em colinas, frutos de cruzamentos e de descendentes de animais quase selvagens.

Embora os animais de raça sejam uma espécie protegida e, portanto, mais valiosos para os fazendeiros que os mantêm em áreas cercadas para proteger seu status de “sangue puro”, os pôneis que vivem em colinas não possuem proteção e seus papéis vão além de serem atrações turísticas. Os animais são uma parte vital do ecossistema e pelo menos uma espécie de mariposa local depende deles para sobreviver.

Becky Treeby, da South West Equine Protection,  uma organização de proteção dos animais, ressalta: “Comer os pôneis não é necessário. Tudo o que isso faz é criar um mercado que pode ser facilmente evitado”.

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