(Português) Série Fotográfica Expõe Barbárie do Abate de Porcos no Mundo
ORIGINAL LANGUAGES, 19 Aug 2019
David Arioch | Vegazeta – TRANSCEND Media Service
A fotojornalista Jo-Anne McArthur passou um mês documentando a criação e matança precoce desses animais.
15 ago 2019 – Uma série fotográfica idealizada pela fotojornalista canadense Jo-Anne McArthur expõe a barbárie do abate de porcos no mundo. Como parte da realidade asiática do mercado de carne suína, ela publicou no site do projeto We Animals uma compilação de fotografias ambientadas nos matadouros da Tailândia e de Taiwan.
Jo-Anne passou um mês documentando a criação e matança precoce desses animais. “É muito raro que um fotojornalista seja calorosamente recebido em um matadouro e tenha acesso a tudo, mas isso foi o que aconteceu comigo a algumas horas de carro de Bangkok”, explica.
E acrescenta: “Eu não fui a primeira a ser recebida aqui. O dono da instalação acha importante que as pessoas vejam o processo de abate, e uma vez recebeu um grupo de estudantes de veterinária para passar uma manhã aqui também. Ele disse que muitos deles vomitaram.”
Nesse mesmo matadouro, a fotojornalista passou pelas celas de retenção, pista da morte, pelos locais onde os animais são desmembrados e também pela área de empacotamento – até o momento em que eles são acondicionados em partes no interior dos caminhões. Ou seja, ela testemunhou todo o processo de descaracterização de um ser senciente não humano para fins de consumo.
Nas primeiras horas da manhã e da tarde, Jo-Anne viu os porcos chegando em pequenas gaiolas no interior de picapes. Na hora de descer, eram forçados a seguir adiante por meio de “unhas pontiagudas de ferro” e choques emitidos por bastões elétricos.
Atravessavam poças de água, sangue e sabão e então se dividiam novamente em pequenas celas de retenção. Alguns porcos trazidos no dia anterior dormiam em um pequeno espaço que impedia a movimentação:
“Com focinhos no ar, os recém-chegados cheiravam [o local] e se mexiam nervosamente enquanto observavam o ambiente. Como já vi muitas vezes em matadouros, os porcos em confinamento se estranham enquanto buscam espaço como forma de estabelecer uma hierarquia. E as lutas começavam logo depois que eram colocados dentro das gaiolas. Muitos porcos ficavam machucados, arranhados e ensanguentados.”
Enviados para a sala de abate, alguns porcos grunhiam enquanto outros se mantinham mudos e imóveis. Outros tremiam. Muitos tentavam escapar quando eram empurrados ou arrastados para o mesmo local onde o sangue dos outros escorrera há pouco tempo. “O medo é reconhecível na maioria das espécies e, com os porcos daqui, é inegavelmente perceptível.”
O proprietário do matadouro e os funcionários explicaram à fotojornalista que o atordoamento não é prática comum em pequenos e médios matadouros, mas somente nos grandes. “Nesta instalação, eles batiam na cabeça dos porcos antes de cortarem a garganta. Os porcos têm crânios muito grossos, por isso as pancadas são dolorosas e desorientadoras, mas raramente, ou nunca, eficazes em atordoá-los ou deixá-los inconscientes.”
Os porcos eram derrubados um a um e, em seguida, apunhalados com uma grande faca sob a mandíbula, que cortava para baixo até a região do esterno. “O som de porcos gritando, de jatos de água e o barulho pesado de metal e de correntes era aberrante, mas fiquei quieta e fotografei os funcionários, igualmente silenciosos em suas tarefas”, revela Jo-Anne McArthur.
O dono do matadouro fez questão de mostrar que ele possuía um dispositivo para auxiliar no abate dos porcos, mas o único funcionário treinado para utilizá-lo não sabia muito bem como operá-lo. “Ele estava pressionando-o contra os focinhos e olhos dos porcos. Quando perceberam que eu tinha tirado fotos o suficiente, eles colocaram o dispositivo de lado e continuaram batendo nos porcos contra o chão.”
Para ver mais fotos, clique aqui.
_____________________________________________
David Arioch é jornalista profissional, historiador e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário.
Go to Original – vegazeta.com.br
Tags: Activism, Animal Justice, Animal cruelty, Conflict, Culture, Economics, Environment, History, Meat Industry, Taiwan, Torture, Veganism, Vegetarianism, Whistleblowing, World
DISCLAIMER: The statements, views and opinions expressed in pieces republished here are solely those of the authors and do not necessarily represent those of TMS. In accordance with title 17 U.S.C. section 107, this material is distributed without profit to those who have expressed a prior interest in receiving the included information for research and educational purposes. TMS has no affiliation whatsoever with the originator of this article nor is TMS endorsed or sponsored by the originator. “GO TO ORIGINAL” links are provided as a convenience to our readers and allow for verification of authenticity. However, as originating pages are often updated by their originating host sites, the versions posted may not match the versions our readers view when clicking the “GO TO ORIGINAL” links. This site contains copyrighted material the use of which has not always been specifically authorized by the copyright owner. We are making such material available in our efforts to advance understanding of environmental, political, human rights, economic, democracy, scientific, and social justice issues, etc. We believe this constitutes a ‘fair use’ of any such copyrighted material as provided for in section 107 of the US Copyright Law. In accordance with Title 17 U.S.C. Section 107, the material on this site is distributed without profit to those who have expressed a prior interest in receiving the included information for research and educational purposes. For more information go to: http://www.law.cornell.edu/uscode/17/107.shtml. If you wish to use copyrighted material from this site for purposes of your own that go beyond ‘fair use’, you must obtain permission from the copyright owner.
Read more
Click here to go to the current weekly digest or pick another article:
ORIGINAL LANGUAGES: