(Português) Austrália proíbe exportação de ovelhas devido a maus-tratos
ORIGINAL LANGUAGES, 16 Apr 2018
Fernanda Cotez - ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais
Carga viva de 65 mil ovelhas australianas iria partir para o Oriente Médio, mas foi proibida pelo governo local por conta das péssimas condições do navio.
9 abril 2018 – Outra carga viva de 65 mil ovelhas iria partir em um navio de exportação para o Oriente Médio na próxima semana, mas o governo federal da Austrália proibiu a saída do navio por conta das péssimas condições das ovelhas a bordo.
De acordo com o governo australiano, “a menos que sejam feitas ‘melhorias sérias’ nas condições e no bem-estar das ovelhas a bordo”, o navio continuará proibido de sair do país.
Em agosto de 2017, mais de 2 mil ovelhas australianas morreram em um navio Emanuel Exports que iria de Fremantle, oeste da Austrália, para o Oriente Médio. As mortes foram consequência de estresse térmico.
O ministro da Agricultura, David Littleproud, iniciou uma investigação urgente em seu departamento depois de ver imagens filmadas em um navio Emanuel Exports. O ministro considerou “perturbadoras” as imagens fornecidas a ele através da Animals Australia”.
O navio que causou a morte das milhares de ovelhas havia deixado Fremantle, litoral australiano, carregando 63.804 animais, mas a alta taxa de mortalidade devido ao calor desencadeou uma investigação departamental. A Emanuel Exports está atualmente se preparando para exportar novamente cerca de 65 mil ovinos e 250 bovinos para o Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Omã e Catar.
Se quiserem deixar a Austrália com os animais, as exportações devem diminuir a densidade populacional em pelo menos 15% e ter um observador independente a bordo que enviará fotos e vídeos diários de volta. Uma carta da secretária assistente do departamento, Narelle Clegg, vista pela Guardian Australia dizia que a Emanuel Exports “também devem limpar o interior do navio”.
Maus-tratos intrínsecos
Não é a primeira vez que um evento de mortalidade em massa acontece nesse navio de exportação devido ao estresse por calor. Além disso, um relatório sobre o envio disse que as ovelhas australianas mortas eram tantas que era difícil administrar os corpos. De acordo com a investigação sobre o embarque de agosto de 2017, as temperaturas no golfo atingiram 36ºC, observando que, sob essas condições, um “grande número de animais começaria a morrer”.
O Brasil também já foi palco de crueldade contra animais no transporte de carga viva para outros países. O embarque de mais de 26 mil bois no porto de Santos, litoral de São Paulo, gerou polêmica. O navio partiu rumo à Turquia, mesmo após exaustivas tentativas de comissões, entidades e ativistas da causa animal de interromper o embarque. A Minerva Foods, exportadora e responsável pelo embarque desses animais em Santos, foi multada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) de Santos, em um valor que ultrapassa R$3,4 milhões.
“A prática de transporte marítimo de animais por longas distâncias está intrínseca e inerentemente relacionada à causação de crueldade, sofrimento, dor, indignidade e corrupção do bem-estar animal sob diversas formas”, alegou a médica veterinária Magda Regina, que realizou a inspeção técnica no navio que partiu de Santos para o Oriente Médio.
Um novo projeto de lei aprovado em segunda votação na Câmara Municipal de Santos proíbe o transporte de carga viva na área urbana do município. A proposta tem o objetivo de impedir que embarques de animais sejam realizados no porto de Santos, visando acabar com esse tipo de translado cruel, insalubre e mortal.
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