(Português) Mazin Qumsiyeh: “Se a Palestina fosse livre, eu estaria a caçar borboletas, não perderia tempo com política”
ORIGINAL LANGUAGES, 17 May 2021
Ana B. Carvalho | Contacto - TRANSCEND Media Service
Qumsiyeh ensina e conduz investigação na Universidade de Belém e na Universidade de Birzeit. É fundador e diretor do Instituto Palestino para a Biodiversidade e Sustentabilidade (PIBS), e do Museu Palestino de História Natural (PMNH). O projeto pertence à Universidade de Belém à qual doou 150 mil dólares americanos, poupados com a esposa durante os 24 anos em que viveram nos Estados Unidos da América (EUA), onde terminou o doutorado em Biologia Genética e exerceu Genética Médica.
12 maio 2021 – Em Belém, na Palestina, o sol já se pôs e é hora de jantar. Mazin Qumsiyeh atende a chamada através do seu computador. Está sentado na cozinha do Museu Palestino de História Natural, o qual fundou com a esposa, Jesse, em 2014. Está acompanhado pelo seu amigo Abu, que também faz parte da equipa. “Desculpe, às vezes vou ter de dar instruções”, avisa bem-humorado. Está ciente que será interrompido por várias questões culinárias. “O Abu fecha os portões e faz-me companhia enquanto eu cozinho, é a minha versão de terapia”.
O museu é a sua segunda casa e em ação está a preparação de um prato tradicional, que além de envolver uma série de vegetais recolhidos no jardim comunitário, também requer a cozedura de uma massa de pão. “Cozinhar os nossos alimentos é um ato de resistência. Protege-se a nossa cultura. Agora proclamam a falafel e o húmus como sendo comida israelita”, ri-se. “Tiram-nos o país, a gastronomia, a nossa terra, os nossos recursos naturais, o que é que nos resta? Um dia destes cobram-nos o ar que respiramos. Já nos cobram pela nossa própria água!”.
“Sou um apaixonado pela natureza desde pequenino. O meu tio, Sana Atallah, foi o primeiro zoólogo palestiniano. Nos anos 60, costumava levar-me com ele para os campos, para apreciarmos a natureza, aprendi a amar os animais e as plantas. Infelizmente, morreu num acidente de carro, após ter terminado o doutoramento. Ele tinha o sonho de criar um museu, um instituto para a conservação da natureza. O meu sonho desde então foi seguir-lhe os passos e terminar o trabalho dele”.
As questões políticas e o ativismo político vieram “por necessidade”. “Aqui não nos podemos dar ao luxo de não fazer nada. Pode dizer-se que assim que nasces, estás tu próprio a ser um ato de resistência”.
No seu portfólio, já se contam mais de 140 artigos científicos e diversos livros que cobrem uma vasta gama de tópicos, incluindo património cultural, biodiversidade e resistência popular à ocupação israelita. Juntamente com os seus estudantes, foram os primeiros palestinianos a publicar investigação sobre a biodiversidade dentro de grupos como os escorpiões e os anfíbios. Também demonstrou o impacto genético na saúde humana dos colonatos industriais israelitas, estudou a infertilidade entre os homens palestinianos e a citogenética do cancro na Palestina.
Nasceu em 1957, em Beit Sahour, na Palestina. Os pais tentaram criar os seis filhos de forma a protegê-los da realidade da ocupação. Relembra o dia, algures em 1966, quando passaram por Jerusalém e viu alguns soldados “do outro lado”. Terá perguntado quem eram. “O meu pai respondeu-me: são os soldados israelitas. E eu perguntei: o que é um israelita? Ao que o meu pai respondeu: É complicado. Quando cresceres hás-de descobrir”. Quando os soldados israelitas ocuparam a sua cidade, em junho de 1967, “tudo mudou”. Dar-se-ia o seu primeiro confronto com a ocupação israelita. “Uma vez que dás de caras com a ocupação, não podes voltar atrás”.
Mazin é um bom contador de histórias. Fala devagar, com paixão e assertividade. “Uma vez, em 1978, estava a dar aulas a uma turma do liceu e, de repente, entra-nos pela sala dentro uma porção de gás lacrimogéneo. Estávamos em aula de biologia, não se pode dizer que seja uma atividade subversiva”, comenta com ironia.
“Assim que os alunos começaram a sair da sala começaram a ser espancados pelos soldados israelitas. Também eu, na altura acabado de me licenciar, tinha talvez 21 anos, saio da sala e começo a ser espancado”.
“Até hoje sinto uma certa culpa em dizer isto, mas disse-lhes: “Parem! Não sou estudante, sou professor!” Pelo que me mandaram avançar. Perguntei-lhes porque batiam nos meus estudantes, estávamos em aula. Responderam-me “não é da tua conta, sai daqui”. Recusei-me a sair. Fiquei. Acabei por ser enviado para um lugar em Belém com um grupo de estudantes onde nos mantiveram por algumas horas até que nos libertaram.
A jornada como ativista manifestou-se com mais força a partir da Primeira Intifada, uma revolta espontânea da população palestiniana entre 1987 a 1991. “Estava nos EUA e apesar de haver todo um leque de eventos horríveis a acontecer aqui na Palestina, os meios de comunicação social lá estavam totalmente alheios à sua cobertura”.
Terá então começado a contactar os media e começado a entender como funcionavam. À medida que o tempo passava, cada incidente aqui na Palestina aumentava a minha determinação em trabalhar sobre estas questões. A essência do meu passado obrigou-me a tentar equilibrar estes dois interesses, o ativismo político e a conservação da natureza. Ao longo dos últimos anos descobri que, na realidade, os dois não estão assim tão separados”.
Natureza e anticolonialismo
“Eu sempre soube que se a Palestina fosse livre, eu estaria a caçar borboletas e a fazer trabalho de conservação, não perderia tempo com política, ou nos direitos humanos”.
Para o professor, hoje em dia é muito clara a relação entre a justiça ambiental, a política e os direitos humanos. Menciona o ataque constante dos “colonizadores” ao meio-ambiente, “desde o despejo de resíduos tóxicos, à proibição de utilização da água das chuvas e dos poços, ao desmatamento das árvores nativas”.
“Qual é o objetivo dos colonizadores ao virem para um país? Criar um novo Estado. Não estão interessados nas pessoas, animais e plantas nativas. Estão interessados em remodelar o país para se adaptarem à sua própria visão. Neste caso, os judeus europeus queriam um país europeizado, por isso destruíram milhões de árvores nativas, tanto as plantadas pela população local, como as árvores selvagens”, explica.
Dos carvalhos, às alfarrobeiras, espinheiros, e árvores domesticadas como amendoeiras, figueiras e oliveiras, “arrancaram-nas praticamente todas e plantaram a cultura uniforme das árvores europeias: pinheiros e um par de outras árvores”, conta revoltado: “Fizeram-no em áreas que pertenciam a mais de 500 aldeias e cidades palestinianas.
Os colonizadores querem uma espécie de sociedade unificada, neste caso a sociedade judaica e isto é também uma monocultura. Neste caso, os sionistas querem tomar a Palestina, que é uma sociedade multiétnica, multicultural e multirreligiosa, e torná-la num Estado de Israel europeizado judeu uniforme. Isto é óbvio”.
Qumsiyeh faz questão de sublinhar que o percurso de colonização da Palestina pelos sionistas começou bem antes de 1948. Segundo o professor, o movimento sionista, também conhecido como nacionalismo judaico, tentou cooperar com o Império Otomano no final do século XIX e no início do século XX, mas sem sucesso. Teve de esperar pelos arranjos de Sykes- Picot em 1916 e as promessas de Balfour (Reino Unido) e Cambon (França) em 1917 e a sua implementação a partir de 1921 na conferência de San Remo e a consagração dos britânicos Mandato na Palestina. “Um esforço fundamental para mudar os sistemas educativos e criar leis do apartheid surgiram logo após os ocupantes britânicos terem nomeado Herbert Samuel como o primeiro Alto-comissário Britânico da Palestina.
Pouco antes disso, era representante da Organização Mundial Sionista (WZO) na Conferência de Paris de 1919. Além disso, foi ele que segregou escolas públicas e deu poder às comunidades sionistas locais para assumirem os recursos naturais do país, incluindo os minerais do Mar Morto. De 1921 a 1948, o Britânicos trabalharam tanto com a WZO como com os governos árabes cooperantes para executar o Declaração de Balfour, que precipitou três revoltas nesses anos 1921, 1929, e 1936”, escreve no livro Libertação da colonização mental: Um estudo de caso dos Indígenas do povo da Palestina.
“Se entendermos isto, na terminologia da genética médica, diríamos que se trata de um diagnóstico do problema. Encontraríamos muitos sintomas do mesmo, como a construção do muro que separa os dois territórios, os colonatos ilegais, os colonatos industriais, o assassinato de crianças palestinianas, o lançamento de bombas nos campos de refugiados, tudo isto são sintomas do principal problema que é o conflito entre a visão colonizadora de um país e o povo colonizado”, explica enquanto verifica se Abu está a ser capaz da tarefa culinária. Mostra orgulhoso do amigo, um dos pães recheados.
“Tudo nesta terra leva mais tempo, mais dinheiro, mais esforço, mais pressão, é muito difícil. Muito difícil. Seria muito mais fácil se eu estivesse a fazer algo assim nos EUA ou em qualquer noutro lugar. Mas o impacto aqui é certamente muito maior”.
O museu conta com um pequeno jardim botânico, um jardim comunitário e um parque infantil. Com a pandemia de covid-19, e sendo que os palestinianos na Cisjordânia seguem sem acesso à vacinação, houve grandes mudanças de operação.“As crianças vêm aqui todas as sextas-feiras, estamos a limitar visitas e a fazer a maior parte das nossas atividades nos jardins, as crianças acham que isso as fortalece, o virem brincar com as plantas e os animais, participarem em alguns jogos de pensamento crítico. Estamos a ver que as nossas atividades fazem a diferença nas pessoas e na natureza”, afirma com orgulho.
Nos primeiros dois anos, todo o trabalho era voluntário. Agora há 10 funcionários, cinco mulheres, cinco homens, cristãos e muçulmanos. Já cá passou uma imensidão de voluntários, mas agora com restrições de viagem está apenas Zohar, que é uma cidadã israelita. É anti-sionista”, diz com um sorriso de esguelha.
Garante que se trata de um processo de anti-colonização, de mãos dadas com a natureza.
“Os israelitas preveem fazer disto o inferno, é fácil de observar quando se vem cá, e esperam que muitos de nós optem por partir”.
Ajudar os palestinianos a permanecer na sua terra, a cultiva-la, a proteger a sua natureza, a desfrutar de uma visita a um museu, ou a desfrutar de um parque infantil, todos estes gestos são de resistência com significado. Quando se é psicologicamente mais forte, quando se come melhor, és capaz de funcionar melhor, és capaz de pensar melhor. Temos abelhas, árvores de fruto, o cultivo dos nossos próprios alimentos proporciona-nos soberania alimentar”.
Abu avisa que o jantar está pronto a comer. A chamada terá de continuar no dia seguinte. “O nível de propaganda do estado de Israel é espantoso adiantaria por Zoom”. A propósito da escalada de violência nas últimas semanas por parte da polícia israelita, escreveu que “depois da administração Trump ter reconhecido Jerusalém como a capital de Israel, contra o direito internacional, Israel acelerou os seus planos em curso para ‘judaizar’ a cidade”.
“A limpeza étnica acelerou e o isolamento da cidade em relação ao resto da população palestiniana também. A instalação de judeus em terras palestinianas dentro de Jerusalém e no resto dos territórios ocupados é um crime contra a humanidade de acordo com o direito internacional. Uma intifada é inevitável enquanto a colonização continuar. As 14 intifadas são como ondas. E a 15ª é inevitável”.
As árvores e os símbolos
Mazin regressa aos anos de 1948 a 1950, em que “para ganhar espaço para o novo estado judaico de Israel, quiseram plantar as árvores estrangeiras e para isso destruíram as que já cá estavam”. Pelo caminho, ficaram as oliveiras, e as que se salvaram e se voltaram a plantar, hoje em dia são vítimas de incêndios provocados pelos colonatos ilegais na Cisjordânia.
“As oliveiras são um importante símbolo para os Palestinianos porque temos algumas com milhares de anos de existência. As oliveiras foram trazias do sul da Europa há 4.500 anos e ainda encontrámos algumas que estimamos terem quatro mil anos de idade. É por isso que os Palestinos consideram a oliveira como simbólica”.
“Os sionistas não gostam que as mantenhamos porque, além de serem nativas, representam uma grande utilidade para diversos feitos. Não se trata só de azeitonas, mas para o azeite, a madeira para instrumentos musicais, por exemplo, ou ferramentas e recordações para turistas, ou até simplesmente madeira para uma fogueira. Até às folhas da oliveira damos uso. Todas as partes da árvore se tornaram úteis, é uma forma de autossustentabilidade”, explica.
Mas há outras árvores muito valiosas para os palestinianos. Eu penso que é irónico que quando os Israelitas chegaram e começaram a devastar todas as árvores, a única que parecia teimar voltar do solo era a Sabr, uma árvore cato que era utilizada para vedações.
E mesmo que muitas vilas e povoações palestinianas tenham desaparecido, as pedras estão enterradas e não tenha restado nada, os catos ainda surgem, no meio dos pinheiros que eles plantaram. E é engraçado que o nome que usamos para cato em árabe seja Sabr, que também é utilizada para “paciência”, “persistência”.
Para Mazin, os símbolos são não só interessantes, quanto importantes. “Um amigo levou-me a visitar uma família no norte da Cisjordânia, porque acreditava que tinham uma história importante para me contar. O pai era cego, estava calado, apenas ouvia. O filho era quem falava a maior parte do tempo. Levou-nos ao telhado e mostrou-nos o terreno deles, agora separado deles. Os israelitas deixaram-lhes a casa e uma amendoeira em frente, mas tiraram-lhes cerca de sete hectares de oliveiras e amendoeiras ao construírem o muro que separa os dois territórios. O filho contava-me que a uma certa altura produziam tantas amêndoas que até exportavam para a Síria e a Jordânia. Com o muro, isolaram-nos dos seus terrenos. Disseram-lhes que eles podiam ir até às terras apenas na altura de colheita e teriam de ter um documento de autorização, que só é dada ao dono da terra e ao seu filho”, conta com emoção.
“Claro está que se tens centenas de árvores e só duas pessoas podem visitar na altura das colheitas, a terra desperdiça-se, fica abandonada. E eles têm feito isto constantemente em vários lugares, isolando as pessoas dos seus próprios terrenos, para não poderem tomar conta delas. É que pela antiga lei otomana, se a terra não está cuidada, torna-se propriedade do Estado. E assim, desta forma, ficam com a terra gratuitamente. Se não tomares conta da tua terra em três ou quatro anos, eles adquirem-na”.
“O filho explicava tudo isto com detalhes escrutinados sobre todos os problemas e desafios que enfrentavam, já que nenhuma maquinaria é também permitida, nem tratores ou quaisquer instrumentos, e o portão para entrar no terreno é um quilómetro e meio de distância da casa, além de ter de passar o muro para conseguir entrar no terreno sem qualquer transporte, pelo que iam de burro, os dois. Tudo isto era muito triste já, mas eu estava intrigado, o pai permanecia calado, sem se mexer. Eu sentia que devia haver algo mais. Terminámos a visita, despedimo-nos, até nos deram algumas amêndoas da árvore que lhes deixaram ao lado da casa”, Mazin faz um breve momento de silêncio, enquanto se comove.
Enxagua as lágrimas e continua. Terá sido já no carro que o professor ficaria a saber o que se havia passado com o pai cego. “O meu amigo um certo dia visitou esta família com um grupo de turistas. O pai estava muito vivo, ativo e lamentava em tom amargo, perante o grupo de visitantes e a paisagem do terreno dividido: “Se eles matassem o meu filho, eu estaria bem com isso, na medida que me seria possível enterrá-lo. Mas eles estão a matar a minha terra, as minhas árvores e todos os dias eu vejo-as morrer e não posso fazer nada para as salvar”. Logo a seguir a esta visita, o pai sofreu um AVC. Nunca mais conseguiu falar como antes e perdeu a visão para sempre”.
Crescente fértil e colonialismo mental
“A Palestina costumava ser um paraíso, era parte do Crescente Fértil e eu sou velho o suficiente para me recordar dos cultivos dos meus avós e do que comíamos deles, produziam desperdício zero. Nunca produziram nada do que agora chamamos lixo. Não havia plástico, a minha avó pegava no cesto dela até ao mercado, trazia as frutas, comia, as cascas e afins iam para o composto no jardim e era assim que viviam. Claro que não é só culpa da ocupação Israelita, esta modernização do consumo neoliberal espalhou-se pelo mundo com o capitalismo americano mas isto destruiu, juntamente com o colonialismo mental”.
O colonialismo mental é parte da razão pela qual o museu tem o lema “respeito por nós próprios, pelos outros e pela natureza”. Mazin cita Steve Biko, que a propósito da África do Sul costumava dizer que “a arma mais potente nas mãos do opressor é a mente do oprimido”.
Acredita que as crianças têm a mente aberta, e por isso considera fundamental que se lhes ensine como reciclar, como evitar o plástico, como podem caminhar ou andar de bicicleta em vez de conduzirem carros, o consumo de energias alternativas, composto, comida orgânica, não deitar lixo ao chão, entre outros “ensinamentos que são muito poderosos”.
A propósito, ri-se. Lembra-se de uma nova história: O meu escritório é ao fundo de um corredor. Uma vez ouvi um grande barulho à entrada. “Onde está o doutor Qumsiyeh?”, gritava um homem em árabe. Eu espreitei pela porta e fiz sinal. “Tu é que és o doutor Qumsiyeh?” e eu respondi “sim, como posso ajudá-lo? Por favor, queira sentar-se”. “Eu tenho uma coisa a dizer-te, tenho de falar contigo”, soava zangado. “O que é que fizeste à minha filha?” e eu pensei “ó merda…” e ele explicou “ ela veio com os colegas há duas semanas aqui ao teu instituto, ou lá o que isto é e voltou para casa uma revolucionária. Agora não quer que fumemos, não quer que deitemos as cascas no lixo normal, não quer que usemos plástico!”. Ao que eu perguntei : “E está zangado por causa disso?!” Ele respondeu: “Não! eu vim para agradecer-lhe!”.
Esperança na Humanidade
No que toca a soluções, há alguns pontos fundamentais para Mazin Qumsiyeh. “A justiça traz paz. Se devolvermos a justiça, recuperamos a paz”. “O que nós precisamos da Humanidade é que se desenvolva o cuidado de uns pelos outros. É difícil juntar as pessoas. Diferentes pessoas em diferentes origens e contextos, moldam as suas vidas e tendem em focar-se nas suas próprias necessidades. Eu não quero que sintam pena da Palestina, quero que as pessoas se unam na construção de um mundo melhor. A situação climática é catastrófica e se não agirmos juntos enquanto espécie, não importa se somos palestinianos, portugueses ou israelitas, estamos condenados a cair do precipício. Está mais do que na hora de acordarmos e reclamarmos de volta a nossa humanidade”.
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